O ex-vereador e atual assessor parlamentar da deputada federal Magda Mofatto, Rafael Moraes, está no centro de uma grave denúncia de corrupção apresentada pelo Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO).

De acordo com o órgão, Moraes teria praticado o esquema conhecido como “rachadinha” durante seu mandato na Câmara Municipal de Caldas Novas, entre 2016 e 2020. A acusação aponta que ele se apropriava de parte dos salários de servidores comissionados sob ameaça de exoneração caso se recusassem a repassar os valores exigidos.

A investigação do MPGO ouviu 13 pessoas, incluindo ex-servidores da Prefeitura e do próprio gabinete de Rafael Moraes. Depoimentos confirmam que os funcionários eram obrigados a devolver parte significativa dos salários ao então vereador. Um dos relatos menciona que, de um salário de cerca de R$ 2,6 mil, o servidor era forçado a entregar entre R$ 1,5 mil e R$ 1,6 mil mensalmente a Moraes.

As apurações também revelaram que o esquema teria continuado mesmo após a mudança de lotação de um dos servidores, que passou a trabalhar diretamente no gabinete do parlamentar. Uma análise bancária identificou que cerca de R$ 180 mil foram sacados em espécie e entregues ao ex-vereador.

O MPGO afirma possuir provas robustas, incluindo áudios, vídeos e mensagens, que demonstrariam a prática criminosa e tentativas de coação de testemunhas durante o inquérito.

Com base nas evidências, o Ministério Público pede:

• Condenação criminal de Rafael Moraes;
• Devolução integral dos valores desviados (R$ 180 mil);
• Pagamento de multa;
• Perda dos direitos políticos;
• Proibição de contratar com o poder público por 10 anos.

Atualmente, Rafael Moraes atua como secretário parlamentar no gabinete da deputada Magda Mofatto, em Brasília, cargo que ocupa desde 2021. Ele também é presidente do Partido Liberal (PL) em Caldas Novas.

📍 O caso segue em análise judicial e pode se tornar um dos processos mais emblemáticos envolvendo figuras políticas da região